A BRECHA NA IMPENETRÁVEL ARMADURA DA MORTE

 

 

 

             Li esta importante notícia da Agência Reuters, na Sexta-Feira, 2 de Dezembro às 11:22 em Nova Iorque: "Nas mulheres que iniciam a menopausa por volta dos 40 anos sobe o risco de sofrerem uma morte posterior antecipada, em comparação com outras mulheres, sugere um amplo estudo efectuado nos U.S.A." 

      Imagine-se: ter um pouco mais alto o risco de morte mais adiante. Aparentemente algumas mulheres têm um pouco mais baixo o risco de morte mais tarde durante a vida. A morte não devia ser tão inevitável como alguns podem pensar. Quem paga por estes estudos, no fim de contas ?

             O estudo tem sentido, porque mostra que as mulheres que passam pela menopausa por volta dos 40 anos, podiam não viver tanto depois dos 75, como as mulheres que passam pela menopausa mais tarde. A informação era uma opinião e não um estudo. Algumas vezes acontece o mesmo com o evangelho.

Se o evangelho for mal apresentado pode também ser mal entendido. É triste dizê-lo, mas existe muito disso por aí nestes dias.

De facto o evangelho são boas notícias porque põe a descoberto a brecha que Jesus abriu na armadura da morte, e promete uma nova vida para além da morte, uma vida rica em gozo, paz, amizade e amor. Uma vida em harmonia com Deus que nos ama e quer que estejamos com Ele sem se importar quem somos, onde temos estado ou o que temos feito.

Infelizmente nem sempre é apresentado dessa maneira. Algumas vezes é apresentado como uma forma de conseguir grandes automóveis, grandes casas e roupas elegantes. É só "nomeá-lo e reclamá-lo", dizem às pessoas. Outras vezes é apresentado como um austero marco de regras e regulamentos, supervisionado por um Deus zangado que nos assará para sempre se não nos comportarmos como deve ser. Outras vezes apresentam-no como um projecto piramidal glorioso por meio do qual os vendedores que mais vendam terão os rendimentos maiores na eternidade.

Jesus disse: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus"(Mateus 5:16). Mas alguns crentes querem-nos fazer crer que as suas memorizadas e opressoras regras são tão claras e convincentes que se as pessoas tivessem oportunidade é possível que preferissem ser vizinhos de um vendedor de automóveis usados do que de um cristão evangélico.

 Se todos pudéssemos apresentar o evangelho da mesma maneira que Jesus falou, isto é, se todos pudéssemos deixar que a nossa luz brilhasse de tal forma que as pessoas fossem atraídas para Cristo, em vez de serem afastadas, imaginem que reputação tão positiva poderiam ter as boas novas, como uma nova vida em Cristo, uma vida de amor, gozo, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade e domínio próprio (ver Gálatas 5:22-23), em vez de uma caricatura louca que representa mal tanto o evangelho como a Jesus. Pergunto-me que sucederia se puséssemos o nosso ênfase em ser a classe de pessoas que Jesus disse que os seus discípulos deveriam ser, em vez de só dizerem que devem acreditar. Não ganhariam muitas mais pessoas ao verem o poder real do evangelho ? No fim de contas, a brecha na armadura da morte é o amor, não os testemunhos memorizados. Os testemunhos têm o seu lugar, porém é o amor, o amor de Deus, o que derrota a morte e o inferno. As pessoas podem entender melhor o amor genuíno ou o amor piedoso, do que uma conversa rápida com perguntas que pressionam e rostos austeros.

Importantes estudos levados a cabo nos Estados Unidos mostram que temos um pouco mais alto risco de morte hoje do que tínhamos ontem. Porém, como Deus nos ama, e porque seu Filho morreu por nós e agora vive em nós, a morte perdeu as suas garras ameaçadoras. Como uma velha égua, a morte já não é o que costumava ser. E essa boa nova vale a pena vivê-la.

 

 

 

 

 

 

Original: por Mike Feazell, 2007-06, "La brecha en la armadura de la muerte"

Tradução: Manuel Morais, 2007-06